Matrimônios formais vencem informalidade; pessoas casam-se mais velhas, numa tendência ao conservadorismo
Depois de anos de indicações de que o casamento civil e formal estava em declínio, a informação divulgada pelo IBGE de que cresceu substancialmente o índice da nupcialidade legal e de que as pessoas estão casando mais tarde é algo que fala mais sobre o que esconde do que sobre o que revela, e justamente por isso, revela muito. Não deixa de ser uma indicação de mudanças, provavelmente significativas, numa das instituições fundamentais da sociedade brasileira: o casamento e a família. O índice de casamentos cresceu de 5,6, em 2002, para 6,7, em 2008, e é o mais alto desde 1998, numa curva progressiva que indica uma tendência. Esse dado não está separado de outros relativos à concepção de família e a atitudes em relação a ela, como o de que o número de divórcios tem crescido mais do que o de separações. Numa sociedade em que a constituição e a dissolução da família são reguladas, ainda que em relativamente pequena proporção, pela informalidade, os crescentes índices de legalismo matrimonial sugerem que as bases legais da família vão vencendo os arranjos do costume para um número grande de pessoas.
http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,a-familia-brasileira-se-reinventa,473841,0.htm
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